
Durante o Fórum Nacional de Formação Esportiva e o CBC & Clubes Expo, realizado em Campinas entre os dias 11 e 15 de março, pelo Comitê Brasileiro de Clubes – CBC, José Francisco Manssur – sócio da CSMV e ex-assessor Especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, responsável pela regulamentação do setor – apontou que há espaço real para que os Clubes formadores e modalidades olímpicas e não olímpicas atraiam patrocínios dessas empresas.
O assunto foi tema de matéria publicada no Portal Uol. “As bets têm dinheiro para investir, mas estão indo no automático. E, no automático, vão no futebol”, afirmou Manssur ao UOL. Segundo ele, com estratégias bem planejadas e apresentação de dados, os Clubes Formadores podem se tornar atrativos para investimentos relevantes.
Os números impressionam:
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Crescimento de 734,6% nas apostas online entre 2021 e 2024;
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Cerca de R$ 6 bilhões movimentados no Brasil nesse período;
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O Brasil lidera o ranking mundial de acessos a sites de apostas, com 3,2 bilhões de visitas em 2022, segundo levantamento da SimilarWeb.
Por que isso interessa aos Clubes Formadores?
Atualmente, todos os 20 Clubes da Série A do Campeonato Brasileiro 2025 têm patrocínio de bets, sendo 90% na categoria "master". No entanto, Manssur alerta que o mercado caminha para um momento de acomodação com a regulamentação, o que abrirá espaço para novos formatos de patrocínio e para modalidades com forte apelo social e educacional — onde os Clubes Formadores têm papel central.
Mais que rendimento: legado social “Há Clubes que formam milhares de jovens, oferecendo educação de qualidade, assistência social, acesso à nutrição e ao esporte. Mesmo sem formar atletas de elite, o impacto é real e mensurável”, ressaltou.
Oportunidade e mobilização: Manssur reforça que falta iniciativa para buscar esses investidores. Os Clubes precisam mostrar dados, impacto social, histórias reais e estruturar propostas atrativas para se apresentarem como parceiros estratégicos das empresas de apostas.