A melhor fase do Tênis feminino brasileiro desde Maria Esther Bueno

14, Abril 2022
A melhor fase do Tênis feminino brasileiro desde Maria Esther Bueno

Maria Esther Andion Bueno foi uma tenista brasileira, que atuou nas décadas de 1950, 1960 e 1970, sendo uma das raras tenistas a conquistar títulos em três décadas diferentes. Seu início no esporte foi aos seis anos, no Clube de Regatas Tietê e por muito tempo, foi considerada o maior nome do tênis brasileiro (incluindo homens e mulheres). Eleita a melhor tenista do século XX da América Latina, e incluída em 2012 na posição 38 entre os 100 Melhores Tenistas da história, pelo canal Tennis Channel, Maria Esther Bueno, em seus 20 anos de carreira, colecionou 589 títulos internacionais e ganhou o apelido de “A Bailarina do Tênis” por conta da elegância do estilo de jogo.

Desde o fim da carreira de Maria Esther Bueno há 50 anos, o Tênis feminino brasileiro não havia superado seus feitos e recordes no esporte, mas o dia 31 de julho de 2021 pode ter sido o divisor de águas. Pois naquele dia, Luísa Steffani e Laura Pigossi do Clube Athletico Paulistano-SP, conquistaram a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Desde então, as tenistas brasileiras têm superado recordes históricos. Luísa Stefani chegou ao top 10 do ranking mundial de duplas e venceu torneios importantes, Bia Haddad, atleta que iniciou sua carreira no Esporte Clube Pinheiros-SP, venceu duas vezes tenistas top 3 do ranking, está na melhor fase da carreira e fez final de duplas de Grand Slam, e Laura Pigossi fez final de WTA nesta semana e subiu 86 posições no ranking.

Carol Meligeni, do Itamirim Clube de Campo-SC, fez a primeira final de WTA de sua vida, enquanto Laura passou semana após semana melhorando a melhor classificação da carreira, até a 126ª posição desta segunda-feira (11) após o vice-campeonato no WTA de Bogotá, Colômbia.

Na história, apenas três brasileiras conquistaram um título de simples da WTA: Maria Esther Bueno, Niege Dias e Teliana Pereira. Na última semana, Laura foi vice em Bogotá. Bia, em 2017, tinha sido a última a disputar uma final, também com o vice em Seul (Coreia do Sul).

A seleção brasileira feminina de tênis atropelou a Guatemala na estreia da fase das Américas (Zonal Americano) da Billie Jean King Cup, competição equivalente à Copa Davis (exclusivamente masculina). No primeiro dia do torneio, em Salinas (Equador), a equipe brasileira venceu com sobra três partidas pelo Grupo A e nem precisou jogar os outros dois confrontos de um total de cinco. O time formado por Bia Haddad, Carolina Meligeni, Laura Pigossi, Gabriela Cê e Rebeca Pereira (que começou a jogar no Clube Campestre-PB) volta à quadra nesta quinta-feira (14), contra a equipe da Argentina, que bateu a Colômbia.

Tênis vai estar nos CBI em 2022

O bom momento do Tênis nacional também vai poder ser conferido durante os Campeonatos Brasileiros Interclubes®-CBI em 2022. É que o Comitê Brasileiro de Clubes-CBC e a Confederação Brasileira de Tênis-CBT fecharam parceria para a realização de competições durante o II ano do Ciclo Olímpico que se inicia dia 01 de maio, com 5 etapas já confirmadas. Confira a matéria no site do CBC: https://www.cbclubes.org.br/noticias/2022-04-07/tenis-e-mais-um-esporte-firmar-plano-de-trabalho-com-o-cbc-para-o-ano-ii-do